Os diversos fatores etiológicos relacionados com a mordida cruzada posterior indicam-nos que ela pode ser de origem dentária, dento-alveolar ou esquelética. A atresia maxilar pode levar a traumas oclusais, podendo manifestar-se como adaptações funcionais da mandíbula, levando a uma mordida cruzada unilateral funcional. Assim, para cada caso deve-se instituir uma adequada forma de intervenção. Um dos tratamentos mais indicados para pacientes em crescimento com dentição permanente, que apresentam palato atrésico associado à mordida cruzada posterior uni ou bilateral, de origem dentária ou dento-alveolar, é a expansão palatina. Este caso teve como objetivo apresentar a utilização do quadrihélice de encaixe como uma alternativa para o tratamento da mordida cruzada posterior bilateral. Caso clínico: a paciente P.C.S.H., 14 anos e 9 meses, gênero feminino, compareceu à clínica de Ortodontia para tratamento. Foi diagnosticada uma atresia maxilar com mordida cruzada posterior bilateral dento-alveolar e observada à necessidade de expansão. Foi instalado o quadrihélice de encaixe e as ativações foram realizadas a cada 28 dias. Foram necessários10 meses para se conseguir uma expansão satisfatória da maxila. Com isso, conclui-se que o quadrihélice de encaixe apresenta-se como um método eficiente no tratamento da mordida cruzada posterior bilateral com atresia maxilar.