Freqüentemente tem-se sugerido que um dos fatores etiológicos das desordens temporomandibulares (DTM) seria a posição inadequada da cabeça a qual poderia influenciar na disfunção. Entretanto, os estudos existentes a este respeito são contraditórios. Dessa forma, para avaliar a posição postural da cabeça em pacientes com ou sem DTM, o presente estudo selecionou 50 pacientes com uma média de idade de 28 anos, sendo 25 com desordens temporomandibulares e, a outra metade assintomáticos, os quais compunham o grupo controle. O critério para a determinação ou não da desordem temporomandibular foi obtido por um cirurgião-dentista através do questionário RDC (Research Diagnostic Criteria). Uma profissional de fisioterapia habilitada na área de RPG executou as avaliações posturais da cabeça (anteriorizada, centralizada e posteriorizada) por meio de fotografias digitais (Sony DSC – 717 de resolução 5 Mega Pixel). Todos os pacientes foram fotografados em dimensão vertical de repouso e por um mesmo operador durante todo o estudo. A câmera foi posicionada sobre um tripé a 1,5 metros de distância dos pacientes, com o enquadramento feito de forma a demonstrar parte do braço na parte inferior da foto, estendendo até a porção superior da cabeça. Este enquadramento foi mantido constante para todos os pacientes. Conclui-se que em função dos resultados encontrados no presente estudo, sugere-se que as posições inadequadas da cabeça não apresentam uma prevalência acentuada nas desordens temporomandibulares.