20-OPG - Influência da microestrutura dentinária na distribuição das tensões na interface dentina/adesivo
Anchieta, R.B.; Almeida, E.O.; Martin Júnior, M.; Gil, N.R.; Sundfeld, R.H.; Rocha, E.P.
Rev. odontol. UNESP, vol.37, nEspecial, p.0, 2008
Resumo
Não há estudos na literatura que avaliam o comportamento micromecânico da dentina em função de sua profundidade na coroa dental quando dos procedimentos adesivos. O objetivo do estudo foi analisar através do método dos elementos finitos 3-D, a distribuição das tensões na interface dentina/adesivo variando o diâmetro e o número dos túbulos dentinários, conforme a profundidade em dentina (superficial, média, profunda), mantendo a espessura da camada híbrida (CH) e o comprimento dos Tags constantes. Três modelos (M) de um espécime em dentina, restaurados com resina composta (41 x 41 x 41 μm, com CH 3 μm, Tag 17 μm), foram confeccionados no programa de desenho gráfico SolidWorks, variando o diâmetro (d) e o número () dos túbulos dentinários, sendo: M1- dentina superficial, 8, d 0,9 μm, M2- dentina intermediária, 12, d 1,2 μm, M3- dentina profunda, 16, d 2,5 μm. O carregamento MAXσ foi de tração perpendicular à resina composta. A máxima tensão principal MAXσ foi obtida com o programa de elementos finitos AnsysWorkbench. As maiores foram encontradas na dentina profunda, seguida da intermediária e superficial (M1 3,3 MPa, M2 7,4 MPa, M3 8,1 MPa). O padrão de dissipação das tensões foi o mesmo em todos modelos, seguindo a seguinte ordem para M3: dentina peritubular (8,1 MPa), camada de adesivo (2,5 MPa), dentina inter-tubular (2,4 MPa) e CH (1,75 MPa). Concluímos que o aumento no número dos túbulos dentinários aumenta MAX na interface dentina/adesivo sendo a dentina peritubular a estrutura maisσ solicitada da interface dentina/adesivo. FAPESP 2006/01988-6.