Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/5880185f7f8c9d0a098b4bd6
Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

18-OPG - Avaliação da resposta tecidual dos extratos vegetais aquoso e hidroalcoólico de araçá (Psidium cattleianum) pela análise edemogênica e morfológica em ratos

Novais, R.Z.; Machado, A.C.; Ruviére, D.B.; Dezan Júnior, E.

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Resumo

Atualmente, tem se verificado um grande avanço científico envolvendo os estudos químicos, farmacológicos e microbiológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com propriedades terapêuticas. A demonstração de notável atividade antimicrobiana de extratos aquosos e hidroalcoólico de Araçá (Psidium cattleianum) sobre a microbiota bucal e a busca de substâncias que reúnam tais propriedades resguardando os princípios biológicos, nos levam a considerar uma possível utilização clínica desse extrato como coadjuvante na terapia odontológica. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a resposta biológica imediata e tardia de soluções hidroalcoólica e aquosa preparadas à base de extrato vegetal de Araçá (Psidium cattleianum). Para a análise edemogênica (reação imediata), foram utilizados 18 ratos machos. Sob anestesia geral, os animais receberam injeção intravenosa de Azul de Evans 1%. Após 30 minutos, foi injetado 0,1 mL de um dos extratos ou do controle (soro fisiológico), na região subcutânea dorsal do animal. Os animais foram sacrificados após 3 e 6 horas e as peças obtidas colocadas em formamida por 72 horas. A leitura foi realizada em metros. Para a análise morfológica em espectrofotômetro com comprimento de onda de 630 hm (reação tardia), 30 ratos receberam implantes de tubos de polietileno contendo os extratos ou o soro na região dorsal, e sacrificados após 7 e 28 dias. As peças foram processadas, cortadas e coradas com Hematoxilina e Eosina. Os resultados obtidos através da leitura dos espécimes em microscópio óptico, em aumentos de 10 e 40x, para avaliação da espessura da cápsula fibrosa e contagem de células inflamatórias, que quantificam o infiltrado inflamatório. De acordo com os resultados, pode-se concluir que os extratos vegetais aquosos e hidroalcoólico de araçá apresentaram respostas biológicas, imediata e tardia, semelhantes ao soro fisiológico, portanto foram bem aceitos pelo organismo. O edema se apresentou constante com tempo, e o processo de reparo evoluiu de forma esperada no decorrer do tempo, não mostrando qualquer influência negativa dos extratos experimentais. Por fim, os extratos vegetais de araçá mostraram potencial para uso futuro em Odontologia.
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