Confeccionados em resina acrílica, os olhos artificiais devem ser estéticos, perfeitamente polidos e resistentes a riscos, características que, quando não satisfeitas, podem gerar transtornos psicológicos, infecções ou inflamações. Com o propósito de avaliar a microdureza superficial de calotas incolores próprias para prótese ocular e de resinas acrílicas incolores utilizadas em prótese ocular, três marcas de resina acrílica incolor termopolimerizável pelo método convencional (VIPI CRIL QC 20 e Resina para Prótese Ocular) e duas por energia de microondas (Onda Cryl e VIPI WAVE), foram estudadas, em função do envelhecimento acelerado e espessura. Para o estudo, foram obtidas 120 amostras, distribuídos em 12 grupos. A análise foi realizada por meio de microdurômetro (Shimadzu Corp.). Os valores obtidos antes e após envelhecimento acelerado de 1008 horas foram analisados estatisticamente pela Análise de Variância e pelo teste de Tukey a 1% de significância. As calotas oculares e a resina QC 20 apresentaram, respectivamente, os maiores e menores valores de microdureza superficial, independente da variável avaliada a espessura não influenciou a propriedade estudada e as amostras apresentaram valores médios de microdureza superficial maiores após o envelhecimento acelerado de 1.008 horas. Concluímos que a microdureza superficial dos materiais avaliados foi influenciada pelo envelhecimento acelerado, contudo, não apresentou alteração significante quando a espessura foi avaliada, sendo as maiores médias obtidas pelas calotas oculares.