A estabilidade dos enxertos ósseos é fundamental para o sucesso de técnicas reconstrutivas dos ossos maxilares, de forma que a fixação interna rígida com parafusos tem sido a técnica mais efetivamente utilizada para este fim. O uso de adesivos, especialmente à base de etil-cianoacrilato tem sido citado na literatura como método alternativo na fixação tecidual por apresentar biocompatibilidade e favorável adesão. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar histológica e histometricamente o aumento da espessura da calota craniana após a fixação de enxerto ósseo autógeno por meio de adesivo à base de etil-cianoacrilato na região pariental de ratos. Foram realizadas osteotomias no osso parietal direito para obtenção do enxerto, com o auxílio de uma trefina de 4 mm de diâmetro, e em seguida, os segmentos ósseos obtidos foram fixados com o adesivo na região parietal contralateral à área doadora. Após 10 e 30 dias os animais foram sacrificados para a obtenção dos cortes histológicos. Observou-se intensa reação inflamatória no período de 10 dias, que diminuiu acentuadamente de intensidade aos 30 dias, apesar da presença do adesivo na interface enxerto-leito receptor. A incorporação do enxerto ao leito receptor foi observada em poucos espécimes no grupo tratado e estava localizada nas faces proximais do enxerto. Concluiu-se que houve aumento na espessura óssea da calota enxertada em ambos os períodos quando comparada à espessura do osso normal, embora a área ainda se mostrasse em remodelação óssea.