Os traumatismos dentários causam principalmente a fratura de dentes anteriores, podendo comprometer a vitalidade, a integridade, a função e a estética. Por isso, os profissionais devem solucionar estes casos de forma adequada, analisando possíveis alterações estéticas, periodontais e pulpares. Neste trabalho será relatado o caso de um paciente do sexo masculino, com 8 anos de idade, que procurou o atendimento de emergência da clínica infantil da FOAr, com fratura coronária nos dentes 11 e 21, envolvendo esmalte e dentina. O paciente trouxe consigo apenas o fragmento do elemento 11. O exame radiográfico não revelou alteração periapical e os dentes forneceram resposta positiva ao teste de vitalidade pulpar ao frio. Antes da colagem, o dente 11 recebeu proteção do complexo dentino-pulpar com cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável. Após a colagem do fragmento, o restante foi preenchido com resina composta microhíbrida na cor A1. Numa segunda sessão foi realizada restauração direta com resina composta no dente 21. Após avaliações de 7, 15 e 30 dias, observou-se que os dentes apresentavam vitalidade pulpar, ausência de reabsorção radicular e a solução estética foi favorável, devolvendo à criança um melhor convívio social.