Os dentes supranumerários são mais comuns na dentição permanente e sua incidência na população em geral varia entre 1% e 3%. Uma das possíveis causas desta anomalia é a ocorrência de desordens que determinam o hiperdesenvolvimento celular durante os estágios de iniciação e proliferação da lâmina dentária. O mais comum é o mesiodens, o qual pode ocorrer isoladamente ou aos pares, com características clínicas na forma conóide, raiz curta e quando erupciona o faz de maneira ectópica. O tratamento é cirúrgico após diagnóstico radiográfico de localização pela técnica de Clark. O objetivo deste trabalho é apresentar três casos clínicos nos quais os pacientes, com idades entre oito e nove anos, apresentaram-se à Clínica Infantil da FOAr com queixa da presença de dentes que traziam danos estéticos e funcionais. Após exame clínico e radiográfico criterioso, constatou-se que esses elementos eram mesiodens. Foi realizada a exodontia desses dentes com os cuidados necessários para evitar intercorrências e aos pacientes e responsáveis foram dadas instruções quanto aos cuidados pós-operatórios. O diagnóstico e remoção precoce de dentes supranumerários são de fundamental importância para evitar problemas estéticos e de má oclusão, devido ao deslocamento ou reabsorção radicular dos dentes vizinhos e impactação de dentes permanentes.