O dente supranumerário mais freqüente é o mesiodens, que apresenta-se geralmente, com morfologia conóide e raízes curtas, estando, em sua maioria, impactado. Sua prevalência é maior para o gênero masculino sobre o feminino, e nas dentições é maior para a mista e/ou permanente sobre a decídua. A sua detecção é feita por meio de exame clínico de rotina, quando irrompidos, sendo sua identificação facilitada por sua forma e tamanho atípicos, com localização característica entre os incisivos centrais. Quando impactados, podem ser imperceptíveis, pois apresentam forma pequena, além de serem assintomáticos, necessitando-se do exame radiográfico para serem detectados. O objetivo desse trabalho é enfatizar a abordagem clínica e radiográfica, conduta terapêutica e a importância do diagnóstico precoce de dentes supranumerários por meio do relato de um caso clínico de paciente da Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP, que apresentava essa anomalia, cuja opção de tratamento foi a remoção cirúrgica. A finalidade dessa conduta é prevenir efeitos deletérios para o paciente causados pela permanência do supranumerário, como a reabsorção radicular do dente vizinho, maloclusão, formação de cistos, retenção prolongada do dente permanente, diastema, entre outros.