A determinação da identidade das pessoas é fundamental nas diversas esferas de relacionamento humano. Há exigências e conseqüências jurídicas civis, penais e administrativas decorrentes da determinação da identidade do cadáver. A identificação tem caráter social. Providências patrimoniais, como pedido de pensão e negociação de bens, podem ser tomadas a partir da constatação da identidade do falecido. Uma das técnicas de identificação empregada pela Odontologia Legal é a Rugoscopia Palatina, que é o processo pelo qual se pode obter a identificação inspecionando as pregas palatinas transversas da abóbada bucal. Este trabalho realizou uma revisão de literatura sobre Rugoscopia Palatina. Observou-se que, em caso de vítimas edêntulas, as rugas palatinas são uma das únicas características morfológicas que podem ser analisadas para a identificação. Modelos e fotografias intraorais antemortem podem ser encontrados em prontuários odontológicos, e servir para o processo de identificação. Em populações de risco, pode-se providenciar o primeiro registro para eventual necessidade de identificação. Concluiu-se que a Rugoscopia Palatina pode ser determinante na identificação humana. Todavia, há poucas publicações sobre o mote. O conhecimento sobre o tema necessita de novos trabalhos, e sua divulgação junto à comunidade odontológica e forense precisa ser ampliada.