77 - Desordens músculo-esqueléticas de origem ocupacional entre cirurgiões-dentistas
Volpato, F.C.; Pinelli, C.
Rev. odontol. UNESP, vol.36, nEspecial, p.0, 2007
Resumo
A Odontologia é uma profissão de risco para desenvolvimento de doenças ocupacionais, que limitam atividades do profissional. Este estudo verificou a prevalência de desordens músculo-esqueléticas entre cirurgiões-dentistas da cidade de Araraquara-SP. Um questionário foi postado para 260 profissionais e houve baixo índice de retorno (16,5%), sendo a amostra constituída de 43 voluntários. Em média, trabalhavam 39 horas semanalmente, com 41,8% superando essa carga horária. Cerca de 70% aplicavam trabalho a 4 mãos e 35% realizavam pausas para descanso, após trabalho de 1 hora. Dor muscular exclusivamente (14%), ou com dor de cabeça (39,4%), ou outro sintoma (48,9%) foi a queixa mais freqüente. Pescoço (60,5%), região cervical (44,2%) e ombros (39,5%) foram regiões com maior queixa de dor muscular. Medicamentos para alívio dos sintomas eram utilizados por 51,2%, e 25,6% procuraram atendimento fisioterápico. A prática de atividade física foi relatada por 83,7%. Para 37,2% houve comprometimento das atividades diárias, onde 10% do total precisou de licença-saúde. Houve alta prevalência de desordens músculo-esqueléticas, com maior prevalência para dor muscular, principalmente em pescoço, região cervical e ombros. Possíveis fatores causais envolvem número de horas trabalhadas e ausência de pausas nos atendimentos.
Palavras-chave
Saúde Ocupacional; ergonomia; DORT