Revista de Odontologia da UNESP
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Original Article

Conhecimento de gestantes sobre saúde bucal no município de Caruaru - PE

Pregnant women's knowledge of oral health in the city of Caruaru - PE

Granville-Garcia, A.F.; Leite, A.F.; Smith, L.E.A.; Campos, R.V.S.; Menezes, V.A.

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Resumo

O objetivo deste trabalho foi verificar o conhecimento de gestantes sobre saúde bucal em um hospital público e outro particular do município de Caruaru-PE. Os dados foram coletados por meio de formulário estruturado e padronizado contendo 12 perguntas. A maioria das gestantes apresentou ensino médio completo (40,4%), sendo que no setor público o percentual de gestantes que não exerciam atividade profissional foi de 40,8%, enquanto que no privado 27,3%. A maioria era primigesta (60%), estava consciente da necessidade do aumento dos cuidados com a saúde bucal (86,9%), não relacionava a gravidez ao incremento do sangramento gengival (75,8%), assim como não a associava com a cárie dentária (60,2%), sendo que esta última questão apresentou diferença significativa entre os grupos analisados (p < 0,002). Em geral 33,3% das gestantes relatou ter medo do tratamento dentário neste período, sendo o medo de prejudicar o bebê a principal justificativa (55,2%), (p = 0,004). Apenas 30,9% recebeu orientação sobre saúde bucal (p = 0,344), o cirurgião-dentista foi a principal fonte de informação (51,9%) e 64,2% gostaria de receber informações neste sentido (p = 0,174). A variável socioeconômica se refletiu de forma significativa apenas na crença de que a gestação se apresenta como fator etiológico da cárie dentária. O período gestacional caracteriza-se como o momento ideal para programas educativo-preventivos, uma vez que as gestantes estão mais receptivas a informações importantes a sua saúde e a do bebê, assim a inserção do cirurgião-dentista numa equipe multidisciplinar durante o pré-natal se faz necessária.

Palavras-chave

Saúde bucal, gravidez, educação

Abstract

The objective of this study was to verify the knowledge of pregnant women on oral health, in a public and in a private hospital in the city of Caruaru, Pernambuco (BR). Subjects participating in the study were 100 pregnant women – 50 from a public and 50 from a private institution. Data were collected through a structured and standardized questionnaire containing 12 questions. The majority of the pregnant women had attended high school (40.4%). In the public sector the percentage of pregnant women who did not work was 40.8%, whereas in the private sector it was 27.3%. Most of them (60%) was pregnant for the first time; 86.9% was aware of the need to be more careful with oral health; 75.8% of them did not relate pregnancy to gingival bleed increase; and 60.2% did not associate pregnancy to dental caries, being this the question that presented a significant difference among the analyzed groups (p < 0.0002 ). In general, 33.3% of the pregnant women reported they were afraid of having dental treatment in that period, and 55.2% thought it could be harmful to the baby (p = 0.0004). Only 30.9% had received information on oral health (p = 0.344), being the dentist-surgeon the main source of information (51.9%), and 64.2% would like to receive that kind of information (p = 0.174). The socioeconomic variable presented itself in a significant way only in the belief that pregnancy is an etiological factor in dental caries. The pregnancy period lines up as an ideal moment for preventive educational programs, since pregnant women are more receptive to important information for their health as well as their babies’. Thus, the inclusion of a dentist–surgeon in a multidisciplinary team during the prenatal period becomes necessary.

Keywords

Oral health, pregnancy, education

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