O posicionamento tridimensional perfeito do dente e da mucosa peri-implantar em relação ao processo alveolar e tecidos moles orofaciais tem sido um dos maiores objetivos da Implantodontia moderna. A posição anatômica ideal, compatível com estética, fonética e função exige do profissional um amplo conhecimento a respeito do planejamento cirúrgico protético. Tal processo deve incluir em suas etapas não só a inserção do implante em altura e espessura ósseas adequadas como também eventuais correções de defeitos de rebordo nos tecidos duros e moles, proporcionando uma condição favorável em que o implante permaneça envolto por tecido ósseo e numa posição harmônica com a mucosa peri-implantar. A proposição deste trabalho é descrever um caso clínico em que um rebordo ósseo atrófico na região de incisivo central superior foi reconstruído, previamente à inserção do implante, por meio de enxerto ósseo autógeno, seguido de enxerto conjuntivo gengival subepitelial. A associação dos procedimentos possibilitou a manutenção das estruturas anatomicamente bem posicionadas e adequada reabilitação da área em questão, obtendo uma prótese funcional e estética, satisfação do paciente e alta previsibilidade de sucesso do tratamento.