182 - Cefaléia tipo rebote - uma ocorrência comum em pacientes com DTM crônica e abuso da automedicação
Viana, P.G.S.; Becker, A.B.; Zamperini, C.A.; Alencar Jr., F.G.P.
Rev. odontol. UNESP, vol.35, nEspecial, p.0, 2006
Resumo
A automedicação é uma prática comum no país, sendo os analgésicos o grupo farmacológico mais utilizado. Em pacientes com DTM e cefaléia, o tratamento deve ser baseado na eliminação dos fatores etiológicos envolvidos, onde o uso de medicamentos é parte do tratamento e não a única forma de controle dos sintomas. O uso abusivo de analgésicos pode levar a efeitos colaterais e no caso de cefaléias, ajudar na cronificação da dor - cefaléia tipo rebote. A análise de 48 fichas de anamnese de pacientes com dores de cabeça de origem miofascial revelou que 88% deles praticavam a automedicação, sendo analgésicos e antiinflamatórios os mais utilizados, de modo contínuo, freqüência média de consumo de mais de 1 dose por dia, 3 a 4 vezes por semana. É possível concluir que o esclarecimento sobre as causas da dor na abordagem inicial destes pacientes é decisivo para a conscientização de que a terapia medicamentosa, quando indicada, fará parte de um plano de tratamento, com o objetivo de controlar os fatores etiológicos, podendo envolver mudança de hábitos, uso de placa miorrelaxante e terapia farmacológica preventiva. Esse estudo aponta para a necessidade de educação dos profissionais e pacientes quanto aos riscos da automedicação, especificamente para os que possuem histórico de cefaléias. PIBIC
Palavras-chave
Automedicação; cefaléia; DTM