169 - Piercing oral: papel do cirurgião-dentista na conscientização do adolescente
Guimarães, M.S.; Josgrilberg, E.B.; Lima, D.M.; Mendonça, A.A.M.; Hebling, J.
Rev. odontol. UNESP, vol.35, nEspecial, p.0, 2006
Resumo
Há séculos o piercing tem sido um adereço que compõe aspectos religiosos e culturais de civilizações. O objetivo deste estudo foi apresentar uma revisão de literatura e relato de caso sobre as principais repercussões do piercing oral para a boca e saúde geral do indivíduo. O paciente EB, 16 anos, gênero masculino apresentou-se à clínica Infantil apresentando um piercing lingual. Constataram-se hábitos deletérios que o paciente apresentava em função da presença do objeto no dorso da língua, como: interposição do piercing entre incisivos inferiores, pressionamento do palato com o objeto e acúmulo de restos alimentares no dorso da língua. O paciente foi orientado sobre a possibilidade de ocorrer aumento da salivação, dor, edema local, abrasão dental, recessão gengival, problemas na fala, mastigação, higienização, risco de infecções e disseminação para vias respiratórias, danos a veias e nervos, complicações levando a endocardite, possibilidade do aparecimento de lesões cancerígenas atribuída ao trauma e risco de aspiração de partes do adereço; e, além disso, a possibilidade em se contrair Aids e hepatite tipo B entre outras infecções no momento da sua instalação. Deste modo, cabe ressaltar a importância do cirurgião dentista em orientar o paciente quanto aos riscos do uso deste tipo de adorno.
Palavras-chave
Piercing corporal; complicações; odontopediatria