Microabrasão do esmalte consiste na remoção de manchas ou defeitos por meio do desgaste do esmalte pela abrasão mecânica provocada por agente abrasivo e erosão química por ação de um ácido. O objetivo deste estudo foi comparar o desgaste do esmalte de dentes decíduos após microabrasão realizada por meio dos métodos mecânico e manual associados à pasta composta de ácido fosfórico a 37% e pedra pomes. Dez incisivos decíduos extraídos foram seccionados no sentido vestíbulo/lingual, fornecendo espécimes pareados para os 2 grupos experimentais: Grupo E (método manual–espátula plástica) e Grupo T (método mecânico– taça de borracha). Mediu-se a espessura de esmalte em lupa estereoscópica. Em seguida, a microabrasão das faces vestibulares foi realizada com 10 aplicações de 20s. As medidas de espessura do esmalte antes e após o desgaste foram analisadas estatisticamente pelo teste T pareado (p 0,05). Os resultados demonstraram que ambos os grupos promoveram desgastes estatisticamente significantes entre si, sendo o Grupo T média = 274,157 μm (26,67 a 92,26% do esmalte) e o Grupo E média = 152,593 μm (13,36 a 73,60% do esmalte). A técnica de microabrasão em dentes decíduos deve ser indicada com cautela uma vez que foi observado desgaste excessivo tanto para a microabrasão manual quanto para a mecânica.