O objetivo deste trabalho será discutir a etiologia, prevalência, achados clínicos e tratamento da Síndrome de Ardência Bucal (SAB). A SAB é uma condição de etiologia ainda indefinida, que afeta especialmente a população idosa e de meia idade, caracterizada por dor crônica de difícil diagnóstico e tratamento. Há relato de queimação na língua e em outras áreas da cavidade bucal, porém há sempre sinais de normalidade e achados laboratoriais normais. O início da patologia é súbito e de baixa intensidade e pode vir acompanhado de sensação de dormência, perda ou alteração de paladar, boca seca, dores de cabeça ou na musculatura mastigatória. È denominada de Síndrome, pois freqüentemente vem associada com outras queixas como disgeusia, hipogeusia e xerostomia. Apesar dos protocolos terapêuticos não estarem ainda totalmente determinados, o tratamento deve ser individualizado e o paciente deve estar ciente sobre a natureza e a dificuldade de obtenção de resultados. A terapêutica medicamentosa para a SAB inclui anti-fúngicos, anti-histaminicos, antibacterianos, analgésicos, reposição vitamínica, mineral e hormonal, benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos e gabaérgicos, associado a ações locais como evitar alimentos condimentados, ácidos e muito quentes além de álcool, fumo.