Quando indicado com coerência, a expansão ortopédica da maxila conseguida com a ancoragem máxima através do aparelho expansor fixo dento-muco-suportado (tipo Haas) transforma-se num instrumento competente para romper as suturas maxilares e por isso tem apresentados resultados bastantes satisfatórios na correção de problemas transversais na maxila. Uma das particularidades do expansor tipo Haas é a presença do apoio de acrílico na mucosa que recobre grande parte da abóboda palatina, liberando somente as regiões das papilas gengivais e rugosidades palatinas. Os apoios mucosos de acrílico beneficiam o efeito ortopédico do aparelho, mas paradoxalmente, podem trazer iatrogenias devido a compressão da mucosa e da dificuldade na higienização da mucosa subjacente. O custo biológico inevitável, porém suave e reversível, revela-se como uma inflamação da mucosa subjacente e circunjacente ao aparelho. Infere-se, portanto, que a longo prazo o expansor dento-muco-suportado è inócuo a saúde da mucosa palatina. O presente trabalho avalia o impacto clínico que o apoio de acrílico exerce sobre a mucosa palatina durante o período de uso do aparelho expansor fixo tipo Haas e os cuidados que devem ser tomados para minimizar estes efeitos com a demonstração de alguns casos clínicos.