O objetivo deste estudo foi realizar análise retrospectiva quanto à distribuição demográfica, métodos de tratamento e complicações dos pacientes com fraturas de mandíbula atendida pelo Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Conjunto Hospitalar do Mandaqui SUS/SP entre 2001 e 2005. Os dados foram coletados em fichas padrão a partir do prontuário de 195 pacientes que apresentavam 299 fraturas mandibulares. Constatou-se que o gênero masculino foi mais atingido (165 pacientes) e na terceira década (36%). Observou-se que a principal causa foi queda da própria altura (20,7%), agressão física (20,2%) e acidente automobilístico (18,6%). 189 fraturas eram expostas e dessas, 159 foram tratadas por fixação interna rígida (FIR), sendo que o índice de infecção foi de 9,4% (média de 09 dias entre admissão e tratamento), e as fraturas expostas tratadas por bloqueio max-mand este índice foi de 6,6% (exposição média de 02 dias). Conclui-se que a maioria das fraturas foi causada por queda e agressão, acomete o gênero masculino, na terceira década. A maioria das fraturas expostas foi tratada com FIR e a osteomielite foi a complicação mais comum.