As populações apresentam variações na epidemiologia de fraturas faciais de acordo com a área geográfica, condição socioeconômica e cultural, época e injúria. O objetivo desta pesquisa é avaliar e determinar a prevalência dos traumas faciais (fratura mandibular, do complexo zigomático-maxilar, nasal, do seio frontal, traumatismo dento alveolar e ferimento por arma de fogo) em pacientes atendidos pelo serviço de Cirurgia da UNESP - Araçatuba, por meio de um levantamento dos prontuários de pacientes atendidos no período de 1999 a 2005. Os resultados mostraram que dentre os 4112 pacientes atendidos durante o período, 1190 (29%) apresentaram os traumas selecionados no estudo, dos quais 913 (76,7%) eram do gênero masculino e 277 (23,2%) do gênero feminino. A faixa etária mais acometida foi de 21 a 25 anos (16,9%), sendo as causas mais freqüentes: agressão física (17,6%), acidentes ciclísticos (16,6%) e acidentes motociclísticos (15,8%). Sessenta e cinco por cento dos casos foram tratados cirurgicamente. O estudo concluiu que na população avaliada, o trauma facial ocorreu com mais freqüência no gênero masculina, na faixa etária entre 21 e 25 anos, em conseqüência de agressão física e a fratura nasal foi a injúria mais prevalente.