A adesão à dentina pode ser afetada negativamente por contaminantes. O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união de sistemas adesivos à dentina contaminada com cimentos temporários com ou sem eugenol. Foram obtidas superfícies planas de dentina de 30 molares humanos. Com exceção dos grupos controles, estas foram cobertas com IRM ou Cavit e mantidas em estufa a 37°C por 2 ou 7 dias. Após a remoção dos cimentos, Single Bond (SB) ou Clearfil SE Bond (CSEB) foram aplicados segundo a recomendação do fabricante, seguido da construção de coroas em resina. Os dentes foram seccionados em espécimes com área de 0,81 mm2, os quais foram submetidos ao ensaio mecânico de microtração. Os dados foram analisados pelo teste de ANOVA e Tukey (α = 0,05). Para SB, a resistência de união foi estatisticamente não diferente (p > 0,05) para todas as condições experimentais. Para CSEB, apenas o grupo IRM/7 dias apresentou resistência de união significante inferior em relação aos demais grupos. Concluimos que não apenas a presença de eugenol na composição do cimento temporário, mas também o período de contato entre a dentina e esse material, foram importantes moduladores do desempenho adesivo do sistema autocondicionante investigado.