A pulpite crônica hiperplásica ou pólipo pulpar caracteriza-se por um crescimento hiperplásico da polpa, que se projeta para fora da câmara coronária criando uma interface com as paredes dentinárias contaminadas da cavidade cariosa. Ocorre, em geral, em dentes decíduos ou permanentes jovens. O pólipo apresenta como característica uma reação de granulação com um número variável de capilares e de neutrófilos polimorfonucleares. Sua superfície pode estar coberta ou não por epitélio semelhante ao da mucosa bucal. Paciente do sexo feminino, com 5 anos de idade, apresentou-se a Clínica de Emergência de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP relatando desconforto do dente 75 devido uma extensa lesão de cárie com a presença de um tecido “carnoso” no interior do mesmo. Realizou-se o tratamento do dente com a remoção do pólipo e terapia endodôntica com a técnica de formocresol 5 minutos, e obturação com cimento OZE. O fragmento removido do pólipo foi submetido à análise histopatológica, evidenciando a presença de células inflamatórias e inúmeros capilares sanguíneos, confirmando o diagnóstico clínico. Num pós-operatório de 2 meses, as características clínicas e radiográficas mostraram-se compatíveis com a normalidade.