O objetivo deste estudo foi avaliar as posturas de trabalho adotadas por alunos do último ano do curso de graduação em odontologia no atendimento de bebês. Para tanto, enquanto os alunos executavam diversos procedimentos odontológicos em crianças menores de três anos de idade, foram realizadas tomadas fotográficas em posições estratégicas previamente delimitadas. As fotografias foram avaliadas por professor da área de ergonomia que observara os alunos com relação aos requisitos básicos de postura e posição de trabalho que então foram classificados em adequados, parcialmente adequados e inadequados. Os dados foram analisados por estatística descritiva e pelo teste de qui-quadrado e Binomial. Pode-se notar que quando do atendimento de bebês houve uma menor quantidade de atendimento parcialmente adequado (p = 0,025) e não houve associação entre o comportamento dos bebês ou do tipo de procedimento (invasivo; não invasivo) com as posturas de trabalho adotadas pelos alunos (p = 0,3943). Assim, pode-se concluir que a dificuldade de adequação da postura de trabalho não esteve relacionada às dificuldades impostas pelo tratamento dos pacientes (comportamento e/ou procedimento), mas aos vícios posturais adquiridos pelos alunos.