O mesiodens é o dente supranumerário mais freqüente e está localizado entre os incisivos centrais superiores. Sua forma mais comum é a conóide, de raiz curta e na maioria dos casos encontra-se impactado. A prevalência é maior no gênero masculino e nas dentições mista e/ou permanente. A detecção do mesiodens, quando irrompido, é feita por meio de exame clínico de rotina, sendo sua identificação facilitada por sua forma e tamanho atípicos, com localização característica. Quando impactados, podem ser imperceptíveis, pois apresentam forma diminuta, impossibilitando a palpação. Além disso, se mantém assintomáticos, retidos no processo alveolar e podem ser detectados apenas por meio de exame radiográfico. Caso não seja removido, este dente pode trazer alguns efeitos deletérios para o paciente como a reabsorção radicular do dente vizinho, maloclusão, formação de cistos, retenção prolongada do dente permanente, diastema, dentre outros, deixando clara a importância de um diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Este trabalho tem como objetivo descrever a seqüência clínica de uma cirurgia de remoção de mesiodens não-irrompido, desde sua detecção, remoção e o pós-operatório.