Constituem perdas de estrutura dentária de origem não-cariosa as lesões por abfração, abrasão, atrição e erosão e podem ser diagnosticadas por exame físico, anamnese ou ambos. Independente do diagnóstico, e por possuírem fatores etiológicos distintos, elas devem também ser abordadas de maneira individual. A erosão, definida como perda progressiva da estrutura dentária causada por substâncias ácidas não produzidas por bactérias, tem se tornado uma causa comum de perda da estrutura dentária na sociedade moderna. O ácido pode ser de origem extrínseca ou intrínseca. A erosão extrínseca é oriunda da dieta ácida e também da exposição crônica a ambientes de pH ácido como ocorre com os nadadores profissionais e degustadores de vinhos. Já a erosão intrínseca é causada ácido de origem endógena como na doença do refluxo gastro-esofágico, ou nas desordens da alimentação como a bulimia e anorexia. Nestas situações a busca incessante por um corpo magro, nos moldes exibidos pela mídia, faz-se um objetivo de vida, a despeito dos custos biológicos que podem advir. O objetivo desta apresentação será o de reportar casos clínicos de perda de estrutura dentária por erosão que exigiram procedimentos preventivos, restauradores e reabilitadores.