O aumento da população idosa no Brasil tem colocado em evidência os processos fisiológicos dessa faixa etária, bem como a preocupação em se somarem recursos para minimizar ou retardar as alterações não desejáveis. O objetivo deste estudo foi avaliar as condições bucais de 76 idosos do Lar São Francisco de Assis. Nesses pacientes, realizou-se exame bucal e levantou-se dados anamnésicos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino e a média de idade era de 76 anos. Quanto às alterações sistêmicas, 92,4% dos idosos apresentava ao menos um problema de saúde, destacando-se as doenças cardiovasculares e psíquico/neurológicas. Quanto ao uso de medicamentos, os anti-hipertensivos e os psiquiátricos eram os mais utilizados. Com relação à higiene oral, observou-se que 34,7% dizia higienizar a boca pelo menos três vezes ao dia, mas o que se observou foi uma péssima condição de higiene bucal e das próteses removíveis na maioria dos pacientes. Também foram analisadas as lesões e/ou alterações em mucosa e as mais prevalentes foram: a queilite actínica, a língua despapilada, a língua saburrosa e a candidose. Portanto, este trabalho levantou as condições bucais destes idosos para se instituir programas de orientação a esta população e aos seus cuidadores, intencionando a melhoria de sua qualidade de vida.