24 - Piercing oral: considerações e possíveis complicações
Fragelli, C.M.B.; Oliveira, M.L.; Minarelli Gaspar, A.M.
Rev. odontol. UNESP, vol.34, nEspecial, p.0, 2005
Resumo
Durante séculos a prática de piercing no corpo, o chamado “body piercing”, fez parte de ritos culturais e religiosos. Na antiguidade, os egípcios usavam no umbigo; os romanos utilizavam anéis nos mamilos e os maias perfuravam suas línguas. O objetivo deste trabalho foi apresentar uma revisão da literatura sobre as prováveis complicações da colocação do piercing na cavidade oral e sua repercussão na saúde geral dos indivíduos. Desta forma foram selecionados os artigos mais relevantes sobre o tema nos últimos dez anos pesquisados no Medline e Bireme. O piercing oral pode levar ao aumento da salivação, dor, edema local, abrasão dental e até mesmo recessão gengival; problemas na fala, na mastigação, na higienização, risco de infecções e disseminação para vias respiratórias (angina de Ludwig), danos a veias e nervos, complicações levando a endocardites, além na possibilidade do aparecimento de lesões cancerígenas atribuída ao trauma e risco de aspiração de partes do adereço; além disso, soma-se ainda a possibilidade em se contrair Aids e hepatite tipo B entre outras infecções. Desta forma, estas complicações contra-indicam a utilização da jóia; além do que, deve-se lembrar a forma e os meios não adequados como é realizada, e o fato dos profissionais não possuírem formação ou conhecimento nas áreas médica ou odontológica.