Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/588017a37f8c9d0a098b481e
Revista de Odontologia da UNESP
Original Article

Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica em Estudantes da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

Prevalence of arterial hypertension among students of Araraquara Dental School-UNESP

Loffredo, L.C.M.; Telarolli Jr., R.; Basso, M.F.M.

Downloads: 9
Views: 1524

Resumo

Hipertensão arterial sistêmica é um grave problema de Saúde Pública, sendo fator de risco para patologias cérebro-vasculares. Embora a hipertensão afete mais a idosos, quanto mais precocemente for detectada, maior a chance de redução da morbidade e da mortalidade por doenças a ela relacionadas. O objetivo deste estudo foi detectar a hipertensão entre estudantes de Graduação da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP segundo sexo, idade, série que está cursando e obesidade. Dois examinadores calibrados procederam à aferição da pressão arterial de 280 alunos, com idade média de 21,6 anos, sendo 64,7% do sexo feminino. De acordo com as medidas de pressão arterial, os alunos foram classificados como normotensos, hipertensos limítrofes ou hipertensos, tendo sido calculada a prevalência de hipertensão entre esses alunos. Foram detectados 12 alunos (4,3%) com a pressão arterial fora dos limites de normalidade, dentre os quais, 3 (1,1%) eram hipertensos limítrofes e 9 (3,2%) eram hipertensos. Desses 12 alunos, 7 cursavam o 1º ano, podendo-se considerar a hipertensão um possível reflexo das mudanças de hábitos, embora, a genética também devesse ser investigada. Entre os 12 casos, 11 (91,6%) eram do sexo masculino. Em relação à idade, os 12 tinham entre 20 e 28 anos e a obesidade foi verificada em apenas 2 alunos hipertensos (16,7%). Concluiu-se que a prevalência foi de 4,3%, com predomínio no sexo masculino, na faixa etária de 20 a 28 anos, na 1ª série do curso e entre não- obesos.

Palavras-chave

Hipertensão, prevalência

Abstract

Arterial hypertension is a Public Health’s serious problem established as risk factor to cerebrovascular diseases. Although hypertension is more common in older people, early detection would collaborate to reduce the morbidity and the mortality from diseases associated to it. The aim of this study was to determine the prevalence of high blood pressure among undergraduate students of Araraquara Dental School-UNESP according to what year they were, sex, age and obesity. Two calibrated examiners measured arterial pressure of the 280 students, and the average age of them was 21.6 years old and 64.7% were women. Arterial hypertension was classified as normotension, borderline hypertension and hypertension, according to the measure of the blood pressure. It was detected 12 students (4.3%) with arterial pressure out of the normality’s limits, which 3 (1.1%) were borderline hypertenses and 9 (3.2%) were hypertenses. Among the 12 students, 7 studied at first year and it could be associated to life style changes, although genetic characteristics should be investigated. Among the 12 cases, 11 (91.6%) were male. In relation to age, all of the 12 students were aged 20-28 years old. Obesity was verified in 2 hypertenses students (16.7%).

Keywords

Arterial hypertension, prevalence

References



1. ALMEIDA, F.A. et al. Prevenção primária e detecção precoce da hipertensão arterial em escolas de ensino médio. Projeto comunitário envolvendo estudantes de medicina. Rev. Bras. Educ. Med., São Paulo, v.26, n.2, p.88-93, maio/ago. 2002.

2. AYRES, J.E.M. Prevalência da hipertensão arterial na cidade de Piracicaba. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v.57, n.1, p.33-36, jul. 1991.

3. BULBOL, W. S. et al. Prevalência de hipertensão arterial na cidade de Manaus. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v.27, n.10, p.297-298, out. 1981.

4. CERCO à matadora silenciosa: projeto avança na determinação das bases genéticas da hipertensão e abre caminho para métodos de prevenção e terapias mais eficientes no futuro. FAPESP Pesquisa, São Paulo, n.47, p.26-31, out. 1999.

5. CHOR, D. Hipertensão arterial entre funcionários de banco estatal no Rio de Janeiro. Hábitos de vida e tratamento. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 71, n. 5, p. 653-660, nov. 1998.

6. DUDA, N.T.; LISBOA, H.R.K.; PORTELLA, M. Hipertensão arterial sistêmica: epidemiologia e prevenção no Rio Grande do Sul. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v.63, n.5, p.445-449, nov.1994.

7. FRASER, G.E. Preventive cardiology. Oxford: University Press, 1986. 125p.

8. FUCHS, F.D et al. Prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados na região urbana de Porto Alegre. Estudo de base populacional. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v.63, n.6, p.473-479, dez. 1994.

9. GENOVESE, W.J. Metodologia do exame clínico em odontologia. 2. ed. São Paulo: Pancast Editorial, 1992. p. 120-122.

10. GIGANTE, D. P. et al. Prevalência de obesidade em adultos e seus fatores de risco. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 236-246, jun. 1997.

11. GUYTON, A. C. O sistema circulatório. Pressão arterial sistêmica e hipertensão. In: Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1984. cap. 6, p. 243-256.

12. LESSA, I. Estudo epidemiológico da tensão arterial. II. Prevalência de hipertensão em uma população jovem. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 36, n. 2, p. 107-110, fev. 1981.

13. LÓLIO,C.A. Prevalência de hipertensão arterial no município de Araraquara. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v.55, n.3, p.167-173, set. 1990.

14. LÓLIO, C. A. et al. Hipertensão arterial e possíveis fatores de risco. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.27, n. 5, p. 357-362, out.1993.

15. LOTUFO, P. A. O nosso amigo esfigmomanômetro. Revista Diagnóstico & Tratamento, São Paulo, v. 6, n. 4, p. 3-4, 2001.

16. MACIEL, R. Afecções cardiovasculares. Hipertensão arterial sistêmica. In: DECOURT, L.V. Medicina preventiva em cardiologia. São Paulo: Ed. Sarvier, 1988. cap. 2, p. 77-96.

17. MARTINS, I. S. et al. Doenças cardiovasculares ateroscleróticas, dislipidemias, hipertensão, obesidade e diabetes melito em população da área metropolitana da região sudeste do Brasil. III-Hipertensão. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 31, n. 5, p. 466-471, out. 1997.

18. MION Jr., D. et al. Diagnóstico da hipertensão arterial. Medicina, Ribeirão Preto, v. 29, p. 193-198, abr./set. 1996.

19. PERALTA, C. C. et al. Hipertensão arterial: um risco para o tratamento odontológico. Rev. Fac. Odontol. Lins, Lins, v. 8, n. 1, p. 16-22, jan./jun. 1995.

20. REGES, R. V. et al. Hipertensão arterial em pacientes atendidos em clínica odontológica de Araraquara-SPBrasil. Stoma, Lisboa, n. 58, p. 17-22, jan./mar. 2001.

21. RIBEIRO, M.D.; RIBEIRO, A.B.; NETO, C.S. Prevalência de hipertensão arterial na força de trabalho da grande São Paulo: influência da idade, sexo e grupo étnico. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v.28, n.9/10, p. 209-211, set./out. 1982.

22. ROSA, A. A.; RIBEIRO, J. P. Hipertensão arterial na infância e na adolescência: fatores determinantes. J. Pediatr., Rio de Janeiro, v. 75, n. 2, p. 75-82, mar./abr. 1999.

23. TRINDADE, I. S. et al. Prevalência da hipertensão arterial sistêmica na população urbana de Passo Fundo (RS). Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 71, n. 2, p. 127-130, ago. 1998.

24. YAMAMOTO-KIMURA, L. et al. Prevalence of high blood pressure and associated coronary risk factors in an adult population of Mexico City. Arch. Med. Res., Mexico, v. 29, n. 4, p. 341-349, 1998.
588017a37f8c9d0a098b481e rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections