Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/journal/rou/article/588018ac7f8c9d0a098b4d6e
Revista de Odontologia da UNESP
Original Article

Physico-chemical properties of the carbonated liquid diet: an in vitro study

Propriedades físico-químicas da dieta líquida gaseificada: um estudo in vitro

Nóbrega, Diego Figueiredo; Valença, Ana Maria Gondim; Santiago, Bianca Marques; Claudino, Lígia Vieira; Lima, Aline Lins de; Vieira, Thiago Isidro; Lira, Arthur Marinho

Downloads: 0
Views: 964

Abstract

The increasing consumption of sugar beverages and with acidic pH has been considered a factor of risk for the development of injuries in dental surfaces. Therefore, the objective of this study was to evaluate the pH, the electrical conductivity and the amount of Total Soluble Solids (SST) of carbonated beverages commercialized in the city of João Pessoa – PB. The sample was formed by the following products Aquarius Regular®, Aquarius Fresh® lemon, H2OH!® lemon, H2OH!® lemon and tangerine, Aquazero® lemon, Sparkling Mineral Water Schincariol®, Antartic Tonic Water® (positive control) and Still Mineral Water Schincariol® (negative control). The evaluation of pH was performed by the use of a digital pH meter, model pH 300, brand Analyser®. The electrical conductivity was determined by a bench conductivimeter, model 600 of the Analyzer ®. For the quantification of Total Soluble Solids or ° Brix was used a specific refractometer of field, model N1, Atago®. The pH values varied from 2.85 (positive control) to 6.41 (negative control), and the other beverages had pH below 3.85. The results for electrical conductivity varied from 81mS cm-1 (negative control) to 1004 mS cm-1 (H2OH!® lemon and tangerine). About the SST, all the beverages, except the Antarctic Tonic Water® (7.5 ° Brix) had value 0 ° Brix. Based on the methodology adopted and the results obtained, it was observed that the beverages analyzed in this study proved to be potentially erosive.

Keywords

Tooth erosion, carbonated beverages, drinking, diet.

Resumo

O crescente consumo de bebidas açucaradas e com pH ácido tem sido considerado um fator de risco para o desenvolvimento de lesões nas superfícies dentais. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o pH, a condutividade elétrica e a quantidade de Sólidos Solúveis Totais (SST) de bebidas gaseificadas comercializadas na cidade de João Pessoa – PB. Constituíram a amostra os produtos Aquarius Regular®, Aquarius Fresh® limão, H2OH!® limão, H2OH!® limão e tangerina, Aquazero® limão, Água Mineral Schincariol® com gás, Água Tônica Antárctica® (controle positivo) e Água Mineral Schincariol® sem gás (controle negativo). A avaliação do pH foi realizada mediante o uso de phgâmetro digital, modelo pH 300, da marca Analyser®. A condutividade elétrica foi determinada por um condutivímetro de bancada modelo 600 da Analyser®. Para a quantificação dos Sólidos Solúveis Totais ou ºBrix utilizou-se um refratômetro específico de campo, modelo N1, Atago®. Os valores de pH variaram de 2,85(controle positivo) a 6,41(controle negativo), estando as demais bebidas abaixo do pH 3,85. Os resultados para condutividade elétrica variaram de 81mS cm-1(controle negativo) a 1.004 mS cm-1 (H2OH!® limão e tangerina). Com relação aos SST, todas as bebidas, com exceção da Água Tônica Antárctica®(7,5ºBrix) tiveram valor 0ºBrix. Com base na metodologia adotada e nos resultados obtidos, observou-se que as bebidas analisadas neste estudo revelaram-se potencialmente erosivas.

Palavras-chave

Erosão dentária, bebidas gasosas, ingestão de líquidos, dieta.

References



1. Rios D, Honório HM, Magalhães AC, Buzalaf MA, Palma-Dibb RG, Machado MA, et al. Influence of toothbrushing on enamel softening and abrasive wear of eroded bovine enamel: an in situ study. Braz Oral Res. 2006; 20: 148-54.

2. Amaechi BT, Higham SM. Dental erosion: possible approaches to prevention and control. J Dent. 2005; 33: 243-52.

3. Luissi A, Jaeggi T, Zero D. The role of diet in aetiology of dental erosion. Caries Res. 2004; 38(Suppl 1): 34-44.

4. Zero DT, Lussi A. Erosion – chemical and biological factors of importance to the dental practitioner. Int Dent J. 2005; 55 (Suppl 1): 285‑90.

5. Burrato EM, Andrade L, Rath IBS, Tames DR. Avaliação do potencial erosivo ao tecidos duros dentais de bebidas esportivas nacionais. Rev ABO Nac. 2002; 10: 109-12.

6. Watson I B, Tulloch EN. Clinical assessment of cases of tooth surface loss. Br Dent J. 1985; 159: 144-8.

7. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia oral & maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2004.

8. Abrahamsen TC. The worn dentition-pathognomonic patterns of abrasion and erosion. Int Dent J. 2005; 55 (Suppl 1): 268-76.

9. Silva JYB, Brancher JA, Duda JG, Losso EM. Mudanças do pH salivar em crianças após a ingestão de suco de frutas industrializado. Rev Sul-Bras Odontol. 2008; 5 (2): 7-11.

10. Bartlett DW. The role of erosion in tooth wear: aetiology, prevention and management. Int Dent J. 2005; 55 (Suppl 1): 277-84.

11. Sobral MAP, Luz MAAC, Gama-Teixeira A, Garone Netto N. Influência da dieta líquida ácida no desenvolvimento de erosão dental. Braz Oral Res. 2000; 14: 406-10.

12. Mahoney E, Beattie J, Swain M, Kilpatrick N. Preliminary in vitro assessment of erosive potential using the ultra-micro-indentation system. Caries Res. 2003; 37: 218-24.

13. Pegoraro CN, Sakamoto FFO, Domingues L. Perimólise: etiologia, diagnóstico e prevenção. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2000; 54: 156-61.

14. Neves BG, Pierrô VSS, Maia LC. Percepções e atitudes de responsáveis por crianças frente ao uso de medicamentos infantis e sua relação com cárie e erosão dentária. Ciênc Saúde Coletiva. 2007; 12: 1295-300.

15. Al-Majed I, Maguire A, Murray JJ. Risk factors for dental erosion in 5-6 year old and 12-14 year old boys in Saudi Arábia. Community Dent Oral Epidemiol. 2002; 30: 38-46.

16. Claudino LV, Valença AMG, Medeiros MID, Medeiros LADM, Lima SJG. Análise em microscopia eletrônica de varredura da superfície do esmalte dentário submetido à ação de sucos de frutas cítricas. Rev Odonto Ciênc. 2006; 21: 139-45.

17. Claudino LV, Valença AMG, Lima SJG, Lima AL, Medeiros MID. Estudo in vitro das características microestruturais do esmalte tratado com fluoretos e exposto ao suco de limão. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2007; 7: 303-8.

18. Cavalcanti AL, Oliveira KF, Paiva OS, Dias MVR, Costa SKP, Vieira FF. Determinação dos sólidos solúveis totais (°BRIX) e pH em bebidas lácteas e sucos de frutas industrializados. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2006; 6: 57-64.

19. Ten Cate JM, Infeld T. Dental erosion, summary. Eur J Oral Sci. 1996; 104: 241-4.

20. Thylstrup A, Fejerskov O. Tratado de cariologia. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 1998.

21. Branco CA, Valdivia ADCM, Soares PBF, Fonseca RB, Fernandes Neto AJ, Soares CJ. Erosão dental: diagnóstico e opções de tratamento. Rev Odontol UNESP. 2008; 37: 235-42.

22. Sobral MAP, Garone Netto N. Aspectos clínicos da etiologia da hipersensibilidade dentinária cervical. Rev Odontol Univ São Paulo. 1999; 13: 189-95.

23. Moss SJ. Dental erosion. Int Dent J. 1998; 8: 529-39.

24. Tomasi AF. Tratado de patologia bucal. Curitiba: Pancast; 1989.

25. Lakatos EM, Marconi MA. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas; 2007.

26. Silva VF, Kamogawa MY, Ferreira MMC, Nóbrega JA, Nogueira ARA. Discriminação geográfica de águas minerais do Estado de São Paulo através da análise exploratória. Eclet Quím. 2002; 27 (Esp): 91-102.

27. Rebelo MAP, Araujo NC. Águas minerais de algumas fontes naturais brasileiras. Rev Assoc Med Bras. 1999; 45: 255-60.

28. Lussi A, Jäggi T, Schärer S. The influence of different factors on in vitro enamel erosion. Caries Res. 1993; 27: 387-93.

29. West NX, Hughes JA, Parker DM, Newcombe RG, Addy M. Development and evaluation of a low erosive blackcurrant juice drink. 2. Comparison with a conventional blackcurrant juice drink and orange juice. J Dent. 1999; 27: 341-4.

30. Bomfim AR, Coimbra MER, Moliterno LFM. Potencial erosivo dos repositores hidroeletrolíticos sobre o esmalte dentário: revisão de literatura. Rev Bras Odontol. 2001; 58: 164-8.

31. Millward A, Shaw L, Harrington E, Smith AJ. Continuous monitoring of salivary flow rate and pH at the surface of the dentition following consumption of acidic beverages. Caries Res. 1997; 31: 44-9.

32. Duran CL, López AM, Cotrina LD. Evaluación in vitro del efecto erosivo de tres bebidas carbonatadas sobre la superficie del esmalte dental. Rev Estomatol Hered. 2007; 17: 58-62.

33. West NX, Hunhes JA, Addy M. The eff ect of pH on erosion of denti ne and enamel by dietary acids in vitro. J Oral Rehabil. 2001; 28: 860‑4.

34. Dantas RVF, Valença AMG, Claudino LV, Lima AL, Carvajal JCL, Costa GF. Características físico-químicas da dieta líquida cafeinada. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2008; 8: 333-6.

35. Lussi A, Jaeggi T. Erosion – diagnosis and risk factors. Clin Oral Invest. 2008; 12 (Suppl.1): 5-13.

36. Sanches RP, Carvalho Filho ACB. Estudo por fluorescência de raios-x dos efeitos da erosão ácida sobre o esmalte dental. In: Anais do 13º Encontro Latino Americano de Iniciação Científica; 2009; São José dos Campos. São José dos Campos : UNIVAP, 2009.

37. Sánchez GA, Fernandez DE, Preliasco MV. Salivary pH changes during soft drinks consumption in children. Int J Paediatr Dent. 2003; 13: 251-7.

38. Moimaz SAS, Garbin CAS, Aguiar AAA, Silva MB. Capacidade-tampão da saliva frente a diversos estímulos gustativos. Rev Fac Odontol Lins. 2002; 14: 19-23.

39. Moraes RR. Refratometria [citado 2006 Jun 15]. Disponível em: http://www.fapepi.pi.gov.br/novafapepi/ciencia/documentos/REFRAT%D4METRO.PDF

40. Konrad M. Efeito de sistemas de irrigação localizada sobre a produção e qualidade da acerola (malpighia spp) na região da nova alta paulista [dissertação mestrado]. Ilha Solteira: Faculdade de Engenharia da UNESP; 2002.

41. Larsen MJ, Nyvad B. Enamel erosion by some soft drinks and orange juices relative to their pH, buffering effect and contents of calcium phosphate. Caries Res. 1999; 33: 81-7.

42. Beiraghi S, Atkins S, Rosen S, Wilson S, Odom J, Beck M. Effect of calcium lactate in erosion and S. mutans in rats when added to Coca‑Cola. Pediatr Dent. 1989; 11: 312-5.
588018ac7f8c9d0a098b4d6e rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections