Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/journal/rou/article/doi/10.1590/S1807-25772013000600004
Revista de Odontologia da UNESP
Original Article

Avaliação de hábitos de higiene bucal, hábitos alimentares e pH salivar em pacientes com ausência e presença de lesões cervicais não cariosas

Evaluation of oral hygiene habits, eating habits and salivary pH in patients with absence and presence of no carious cervical lesion

Figueiredo, Viviane Maria G. de; Santos, Rosênes Lima dos; Batista, André Ulisses D.

Downloads: 3
Views: 1164

Resumo

Objetivo: Avaliar hábitos de higiene bucal, hábitos alimentares e pH salivar em pacientes com ausência e presença de lesões cervicais não cariosas. Método: Por meio de um estudo transversal, foram avaliados 88 pacientes, de ambos os sexos, feminino (63,6%) e masculino (36,4%), entre 18 e 71 anos, nos Serviços de Oclusão das cidades de João Pessoa e Campina Grande. Realizaram-se avaliações clínicas, por um único examinador calibrado, para diagnosticar a presença das lesões, a face, os grupos dentários, os hábitos de abrasão e erosão, e o pH Salivar. Utilizaram-se análises descritivas e não paramétricas (Qui-Quadrado, coeficiente ρ de Spearman e teste U de Mann- Whitney), com 5% de nível de significância e 95% de intervalo de confiança. Resultado: Verificou-se a prevalência de 65,90% dos pacientes com lesões e o grupo dos pré-molares foi o mais atingido pelas lesões, que estiveram frequentes na face vestibular e na maxila. O gênero não apresentou associação com a presença das lesões, enquanto que a idade foi estatisticamente significante (p<0,001) para a presença destas. O número e a direção de escovação (Fator Abrasivo) e pH Salivar não demonstraram associação com a presença das lesões, enquanto que a frequência do consumo de refrigerantes, de 1 a 7× semanais, apresentou associação positiva. Conclusão: Os pacientes com alterações oclusais apresentam um elevado número de lesões cervicais não cariosas e a frequência do consumo de refrigerantes representou associação estatística com a presença de lesões.

Palavras-chave

Epidemiologia, abrasão dentária, erosão dentária

Abstract

Objective: To evaluate oral hygiene habits, eating habits and salivary pH in patients with absence and presence of no carious cervical lesions. Method: Through a cross-sectional study evaluated 88 patients of both sexes, female (63.6%) and male (36.4%), between 18 and 71 years in services Occlusion of the cities of João Pessoa Campina Grande. Clinical assessments were performed by a single calibrated examiner to diagnose the presence of lesions, compared to groups dental erosion and abrasion habits and Salivary pH. Through descriptive analysis and nonparametric (chi-square, Spearman ρ coefficient and U Mann-Whitney test) at 5% significance level and 95% confidence interval. Result: The prevalence of 65.90% of patients with injuries, the group premolar was the most affected by injuries, which were frequent in the buccal and jaw. Gender was not associated with the presence of lesions, whereas age was statistically significant (p<0.001) for the presence of these. The number and direction of brushing (Abrasive Factor) and Salivary pH didn’t show association with the presence of lesions; whereas the frequency of soft drink consumption from 1 to 7× weekly, showed a positive association. Conclusion: Patients with occlusal changes have a large number of no carious cervical lesions and the frequency of soft drink consumption accounted statistical association with the presence of lesions.

Keywords

Epidemiology, tooth abrasion, tooth erosion.

References

 


1. Garone Filho W, Silva VA. Lesões não cariosas "O novo desafio as odontologia". São Paulo: Santos; 2008.

2. Ritter AV, Grippo JO, Coleman TA, Morgan ME. Prevalence of carious and won-carious cervical lesions in archeological populations from North America and Europe. J Esthet Restor Dent. 2009;21:324-35. PMid:19796301. http://dx.doi.org/10.1111/j.1708-8240.2009.00285.x

3. Grippo JO, Smiring M, Screiner S. Attrition, abrasion, corrosion and abnfraction revisited a new perspective on tooth surface lesions. J Am Dent Assoc. 2004;135:1109-18. PMid:15387049.

4. Michael JA, Townsend GC, Greenwood LF, Kaidonis JA. Abfraction: separating fact from fiction. Aust Dent J. 2009;54:2-8. PMid:19228125. http://dx.doi.org/10.1111/j.1834-7819.2008.01080.x

5. Dawson PE. Oclusão funcional da ATM ao desenho do sorriso. São Paulo: Santos; 2008.

6. Baratiere LN. Odontologia restauradora fundamentos e possibilidades. 6ª ed. São Paulo: Santos; 2007.

7. Grippo JO. Abfractions: a new classification of hard tissue lesions of teeth. J Esthet Dent. 1991;3:14-9. PMid:1873064. http://dx.doi.org/10.1111/j.1708-8240.1991.tb00799.x

8. Sobral MAP, Garone Netto N. Aspectos clínicos da etiologia da hipersensibilidade dentinária cervical. Rev Fac Odontol Univ São Paulo. 1999;13:189-95.

9. Chan DCN, Browning WD, PohjolaR, Hackman S, Myers ML. Predictor of non-carious lesion of cervical tooth tissues. Oper Dent. 2006;31:84-8. PMid:16536198. http://dx.doi.org/10.2341/04-180

10. Pegoraro LF, Scolaro JM, Conti PC, Telles D, Pegoraro TA. Noncarious cervical lesions in adults prevalence and occlusal aspects. J Am Dent Assoc. 2005;136:1694-700. PMid:16383052.

11. Ress JS, Jagger DC. Abfraction lesions: myth or reality? J Esthet Restor Dent. 2003;15:263-71. http://dx.doi.org/10.1111/j.1708-8240.2003. tb00297.x

12. Young WG, Khan F. Sites of dental erosion are saliva-dependent. J Oral Rehabil. 2002;29:35-43. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365 2842.2002.00808.x

13. Piotrowski BT, Gillette WB, Hancock EB. Examining the prevalence and characteristics of abfractionlike cervical lesions in a population of U.S. veterans. J Am Dent Assoc. 2001;132:1694-701. PMid:11780988.

14. Bernhardt O, Gesch D, Schawah F, Mack G, Meyer JU, Kocher ET. Epidemiological evaluation of the multifactorial aetiology of abfractions. J Oral Rehabil. 2006;33:17-25. PMid:16409512. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2842.2006.01532.x

15. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [citado em 2010 Ago 10]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/

16. Al-Dalaigan YH, Shaw I, Smith A. Is there a relationship between asthma and debtal erosion ? A case control study. J Paed Dent. 2002;12:189-200. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-263X.2002.00360.x

17. Pikdöken L, Akca E, Gürbüzer B, Aydil B, Taşdelen B. Cervical wear and occlusal wear from a periodontal perspective. J Oral Rehabil. 2011;38:95-100. PMid:20678102. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2842.2010.02137.x

18. Lima LM, Humerez Filho H, Lopes MGK. Contribuição ao estudo da prevalência, do diagnóstico diferencial e de fatores etiológicos das lesões cervicais não-cariosas. RSBO. 2005;2:17-21.

19. Oliveira ACS, Damascena NP, Souza CS. Análise clínica de pacientes portadores de lesões cervicais não cariosas e sua relação com hábitos. RSBO. 2010;7:182-92.

20. Molena CCL, Rapoport A, Rezende CP, Queiroz CM, Denard OVP. Lesão não cariosa no idoso. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço.2008;37:152-5.

21. AW TC, Lepe X, Johnson GH, Mancl L. Characteristics of noncarious cervical lesions-a clinical investigation. J Am Dent Assoc. 2002;133:725-33. PMid:12083648.

22. Miller N, Penaud J, Ambrosini P, Bisson-Boutelliez C, Briançon S. Analysis of etiologic factors and periodontal conditions involved with 309 abfractions. J Clin Periodontol. 2003;30:828-32. PMid:12956659. http://dx.doi.org/10.1034/j.1600-051X.2003.00378.x

23. Okeson JP. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. São Paulo: Artes Médicas; 2008.

24. Sneed WD. Noncarious cervical lesions:why on the facial? A theory. J Esthet Restor Dent. 2011;23:197-200. PMid:21806749. http://dx.doi.org/10.1111/j.1708-8240.2011.00457.x

25. Faye B, Kane AW, Sarr M, Lo C, Ritter AV, Grippo JO. Noncarious cervical lesions among a non-toothbrushing population with Hansen's disease (leprosy): initial findings. Quintessence Int. 2006;37:613-9. PMid:16922020.

 

5880195e7f8c9d0a098b50fa rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections