Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/doi/10.1590/1807-2577.1064
Revista de Odontologia da UNESP
Original Article

Herbal mouthwash based on Libidibia ferrea: microbiological control, sensory characteristics, sedimentation, pH and density

Enxaguatório bucal fi toterápico à base de Libidibia ferrea: controle microbiológico, características organolépticas, sedimentação, pH e densidade

Venâncio, Gisely Naura; Rodrigues, Isis Costa; Souza, Tatiane Pereira de; Marreiro, Raquel de Oliveira; Bandeira, Maria Fulgência Costa Lima; Conde, Nikeila Chacon de Oliveira

Downloads: 0
Views: 1101

Abstract

Introduction: Phytotherapy is the study of herbal medicines and their applicability to cure diseases in general, being a therapeutic method which can be used for the prevention and treatment of mouth diseases. Among the herbal studied, the Libidibia ferrea, known as jucá or ironwood, is widely used in folk medicine by presenting anti-inflammatory, analgesic, antimicrobial and antipyretic therapeutic properties. Objective: To evaluate in vitro pharmacological stability of the Libidibia ferrea extract’s mouthwash (INPA - 228 022). Material and method: It was held the mouthwash microbiological control by determining the total number of microorganisms and Salmonella sp, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa and Staphylococcus aureus; stability characteristics (color, odor, brightness and consistency), sedimentation test (centrifuge), the pH measurement (pH meter) and density evaluation (pycnometer) were analyzed. Result: The mouthwash showed to be absent from microorganisms and no changes were observed in the organoleptics and sedimentation characteristics. The average pH values were 6.21, 6.15 and 5.85 at 0, 30 and 60 days, respectively, and 1.029, 1.033 and 1.035 g/ mL density values, respectively, without interfering with the final characteristic of the formulation. Conclusion: The mouthwash presented pharmacological stability and quality conditions.

Keywords

Phytotherapy, dentistry, oral hygiene.

Resumo

Introdução: A Fitoterapia é o estudo de plantas medicinais e suas aplicabilidades para a cura de doenças em geral, constituindo um método terapêutico que pode ser utilizado para a prevenção e tratamento de doenças bucais. Dentre as plantas estudadas, a Libidibia ferrea, conhecida como jucá ou pau ferro, é bastante utilizada na medicina popular por apresentar propriedades terapêuticas anti-inflamatória, analgésica, antimicrobiana e antitérmica. Objetivo: Avaliar, in vitro, a estabilidade farmacológica de um enxaguatório bucal fitoterápico à base do extrato de Libidibia ferrea (228.022 - INPA). Material e método: Foi realizado o controle microbiológico do enxaguatório através da determinação do número total de microrganismos de Salmonella sp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus; foram analisadas as características organolépticas (cor, odor, brilho e consistência), sedimentação (centrífuga), aferição do pH (peagâmetro) e densidade (picnômetro). Resultado: O enxaguatório mostrou-se ausente de microrganismos e não foram observadas alterações das características organolépticas e sedimentação. Os valores médios de pH foram de 6,21, 6,15 e 5,85 nos tempos de armazenamento de 0, 30 e 60 dias, respectivamente, e de densidade 1,029, 1,033 e 1,035 g/ mL, respectivamente, porém sem interferência na característica final da formulação. Conclusão: O enxaguatório à base de Libidibia ferrea apresentou condições de estabilidade e qualidade farmacológicas.

Palavras-chave

Fitoterapia, odontologia, higiene bucal.

References

1. Marsh PD. Controlling the oral biofilm with antimicrobials. J Dent. 2010 June;38(Suppl 1):S11-5. http://dx.doi.org/10.1016/S0300-5712(10)70005-1. PMid:20621238

2. Moreira ACA, Santos TAM, Carneiro MC, Porto MR. Atividade de um enxaguatório bucal com clorexidina a 0,12 por cento sobre a microbiota sacarolítica da saliva. Rev Ciênc Méd Biol. Sept-Dec. 2008;7(3):266-72.

3. Teles RP, Teles FR. Antimicrobial agents used in the control of periodontal biofilms: effective adjuncts to mechanical plaque control? Braz Oral Res. 2009;23(Suppl 1):39-48. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-83242009000500007. PMid:19838557

4. Bugno A, Nicoletti MA, Almodóvar AAB, Pereira TC, Auricchio MT. Enxaguatórios bucais: avaliação da eficácia antimicrobiana de produtos comercialmente disponíveis. Rev Inst Adolfo Lutz. 2006 Jan-Apr;65(1):40-5.

5. Paraskevas S. Randomized controlled clinical trials on agents used for chemical plaque control. Int J Dent Hyg. 2005 Nov;3(4):162-78. http://dx.doi.org/10.1111/j.1601-5037.2005.00145.x. PMid:16451305

6. Jeon JG, Rosalen PL, Falsetta ML, Koo H. Natural products in caries research: current (limited) knowledge, challenges and future perspective. Caries Res. 2011;45(3):243-63. http://dx.doi.org/10.1159/000327250. PMid:21576957

7. Marsh PD. Contemporary perspective on plaque control. Br Dent J. 2012 June;212(12):601-6. http://dx.doi.org/10.1038/sj.bdj.2012.524. PMid:22722123

8. Gupta RK, Gupta D, Bhaskar DJ, Yadav A, Obaid K, Mishra S. Preliminary antiplaque efficacy of aloe vera mouthwash on 4 day plaque regrowth model: randomized control trial. Ethiop J Health Sci. 2014 Apr;24(2):139-44. http://dx.doi.org/10.4314/ejhs.v24i2.6. PMid:24795515

9. Cavalheiro MG, Farias DF, Fernandes GS, Nunes EP, Cavalcanti FS, Vasconcelos IM, et al. Atividades biológicas e enzimáticas do extrato aquoso de sementes de Caesalpinia ferrea Mart., Leguminosae. Rev Bras Farmacogn. 2009 June;19(2b):586-91. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2009000400014.

10. Oliveira Marreiro R, Bandeira MFCL, Souza TP, Almeida MC, Bendaham K, Venâncio GN, et al. Evaluation of the stability and antimicrobial activity of an ethanolic extract of Libidibia ferrea. Clin Cosmet Investig Dent. 2014;6:9-13. PMid:24501546.

11. Pereira LP, Silva RO, Bringel PH, Silva KE, Assreuy AM, Pereira MG. Polysaccharide fractions of Caesalpinia ferrea pods: potential antiinflammatory usage. J Ethnopharmacol. 2012 Jan;139(2):642-8. http://dx.doi.org/10.1016/j.jep.2011.12.012. PMid:22178173

12. Sampaio FC, Pereira MS, Dias CS, Costa VC, Conde NC, Buzalaf MA. In vitro antimicrobial activity of Caesalpinia ferrea Martius fruits against oral pathogens. J Ethnopharmacol. 2009 July;124(2):289-94. http://dx.doi.org/10.1016/j.jep.2009.04.034. PMid:19397986

13. Donassolo TA, Romano AR, Demarco FF, Della-Bona A. Avaliação da microdureza superficial do esmalte e da dentina de dentes bovinos e humanos (permanentes e decíduos). Rev Odonto Ciênc. 2007 Oct-Dec;22(58):311-6.

14. Evangelista SS, Sampaio FC, Parente RC, Bandeira MFCL. Fitoterápicos na odontologia: estudo etnobotânico na cidade de Manaus. Rev Bras Plantas Med. 2013;15(4):513-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722013000400007.

15. Zanin SMW, Miguel MD, Barreira SMW, Nakashima T, Cury CD, Costa CC. Enxaguatório bucal: principais ativos e desenvolvimento de fórmula contendo extrato hidroalcoólico de Salvia officinalis L. Visão Acadêmica. 2007 Jan-Jun;8(1):19-24.

16. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Farmacopéia brasileira. 5. ed. Brasília: ANVISA; 2010. Parte I e II.

17. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005. Estabelece a Definição e a Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme Anexo I e II desta Resolução e dá outras definições. Diário Oficial da União. Brasília, 14 julho 2005 [cited 2014 Feb 3]. Available from: http://www.agora.mfa.gr/agora/images/docs/radE8A2DRDC_211_2005.pdf

18. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 45, de 9 de agosto de 2012. Dispõe sobre a realização de estudos de estabilidade de insumos farmacêuticos ativos. Diário Oficial da União. Brasília, 9 agosto 2012 [cited 2014 July 21]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0045_09_08_2012.html

19. Arango HG. Bioestatística teórica e computacional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001.

20. Vieira S. Bioestatística, tópicos avançados. Rio de Janeiro: Elsevier; 2004.

21. Andrade IP, Fardin RF, Xavier KBC, Nunes APF. Concentração inibitória mínima de antissépticos bucais em microrganismos da cavidade oral. Rev Bras Pesq Saúde. 2011;13(3):10-6.

22. Gunsolley JC. Clinical efficacy of antimicrobial mouthrinses. J Dent. 2010 June;38(Suppl 1):S6-10. http://dx.doi.org/10.1016/S0300-5712(10)70004-X. PMid:20621242

23. Kunle OF, Egharevba HO, Ahmadu PO. Standardization of herbal medicines - a review. Int J Biodivers Conserv. 2012 Mar;4(3):101-12. http://dx.doi.org/10.5897/IJBC11.163.

24. Zhang J, Wider B, Shang H, Li X, Ernst E. Quality of herbal medicines: challenges and solutions. Complement Ther Med. 2012 Feb-Apr;20(1-2):100-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.ctim.2011.09.004. PMid:22305255

25. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 13, de 14 de março de 2013. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos. Diário Oficial da União. Brasília, 14 março 2013 [cited 2014 Mar 2]. Available from: http://www.licencasanitaria.com/2013/03/rdc-132013-norma-para-fabricacao-de.html

26. Isaac VLB, Cefali LC, Chiari BG, Oliveira CCLG, Salgado HRN, Corrêa MA. Protocolo para ensaios físico-químicos de estabilidade de fitocosméticos. Rev Ciênc Farm Básica Apl. 2008;29(1):81-96.

27. Rowe RC, Sheskey PJ, Weller PJ. Handbook of pharmaceutical excipients. 4. ed. Great Britain: Pharmaceutical Press; 2003.

28. Andreolli RS, Lara EHG. Avaliação in vitro da eficácia de enxaguatórios bucais remineralizantes. Infarma. 2004;6(7-8):58-63.

29. Cavalcanti AL, Ramos IA, Leite RB, Costa Oliveira M, Melo Menezes K, Fernandes LV, et al. Endogenous pH, titratable acidity and total soluble solid content of mouthwashes available in the Brazilian market. Eur J Dent. 2010 Apr;4(2):156-9. PMid:20396446.

30. Hanan SA, Souza AP, Zacarias RP Fo. Avaliação da concentração de flúor, do pH, da viscosidade e do teor de sólidos solúveis totais em enxaguatórios bucais fluoretados disponíveis comercialmente na cidade de Manaus – AM. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2011 Oct-Dec;11(4):547-52. http://dx.doi.org/10.4034/PBOCI.2011.114.15.

31. Marinho BS, Araújo ACS. O uso dos enxaguatórios bucais sobre a gengivite e o biofilme dental. Int J Dent. 2007 Oct-Dec;6(4):124-31.

32. Oriqui LR, Mori M, Wongtschowski P. Guia para a determinação da estabilidade de produtos químicos. Quim Nova. 2013;36(2):340-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422013000200023.

588019d37f8c9d0a098b5362 rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections