Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/doi/10.1590/1807-2577.1031
Revista de Odontologia da UNESP
Original Article

Infiltração marginal microbiana em selamento coronário duplo

Marginal microbial infi ltration in coronary double sealing

Parron, Lauren Fernanda; Panerari, Alini Leopoldo da Silva; Cimardi, Ana Claudia Baladelli da Silva; Victorino, Fausto Rodrigo

Downloads: 0
Views: 1245

Resumo

Introdução: O selamento coronário deve ser eficiente em impedir a penetração de saliva e seus contaminantes para o interior do sistema de canais radiculares. Objetivo: Avaliar o grau de infiltração microbiana em selamento duplo coronário utilizando Coltosol associado ao MaxxionR e ao Bioplic. Material e método: Foram utilizados dentes pré-molares humanos extraídos, nos quais foram realizadas aberturas coronárias padronizadas com seis milímetros de profundidade. Os grupos foram divididos de acordo com os cimentos restauradores provisórios: Grupo I – Bioplic; Grupo II: Bioplic + Coltosol; Grupo III: Maxxion R; Grupo IV: Maxxion R + Coltosol; Grupo V - Coltosol; Grupo controle. Foi confeccionado um dispositivo adaptando-se os dentes na porção inferior de tubos Eppendorf, de modo que dois terços se projetem para fora do tubo plástico. O dispositivo foi fixado em frasco de vidro, contendo 7 mL de caldo estéril “Brain Heart Infusion”. Na porção superior do tubo Eppendorf, foi realizada a inoculação de Enterococcus faecalis. A leitura foi realizada a cada 24h, durante 30 dias, avaliando-se a turvação no meio de cultura em contato com o ápice dentário. Os resultados foram submetidos ao teste estatístico Kruskal-Wallis (p<0,05). Resultado: Houve infiltração em todos os grupos ao final dos 30 dias e os grupos I e IV apresentaram 50% de infiltração. Os grupos IV e V apresentaram infiltração em cinco dias e o grupo III, em 26 dias. Conclusão: A associação entre os cimentos restauradores provisórios não impediu nem diminuiu a infiltração marginal de Enterococcus faecalis.

Palavras-chave

Marginal microbial infi ltration in coronary double sealing

Abstract

Introduction: The coronal sealing should be effective in preventing the penetration of saliva and its contaminants into the root canal system. Objective: To evaluate the degree of microbial coronal leakage in double sealing using Coltosol associated MaxxionR and Bioplic. Material and method: premolars extracted human teeth were used, in which standardized with 6 mm deep coronary openings will be held . The groups were divided according to provisional restorative cements : Group I - Bioplic; Group II - Bioplic +Coltosol; Group III - Maxxion R; Group IV - Maxxion R + Coltosol; Group V - Coltosol; Control Group. One adapting the teeth in the lower portion of Eppendorf tubes device was manufactured so that two-thirds to protrude out of the plastic tube. The device was fixed to a glass vial containing 7 ml of sterile broth “Brain Heart Infusion”. In the upper portion of the Eppendorf tube was inoculated with Enterococcus faecalis performed. The reading was performed every 24 hours for 30 days evaluating turbidity in the culture medium in contact with the tooth apex. The results were analyzed by Kruskal -Wallis test (p < 0.05 ) statistical test. Result: There was infiltration in all groups at the end of 30 days, and groups I and IV showed 66% infiltration. Groups IV and V showed infiltration in 5 days and group III in 26 days. Conclusion: The association between the provisional restorative cements not prevented nor decreased the leakage of Enterococcus faecalis

Keywords

Dental leakage, dental restoration temporary, Enterococcus faecalis

References

 


1. Carvalho ES, Malvar MFG, Albergaria SJ. Avaliação da infiltração marginal de quatro seladores provisórios após a utilização de substâncias químicas auxiliares da instrumentação endodôntica. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 2008; 49(3): 20-3.

2. Hommez GM, Coppens CR, De Moor RJ. Periapical health related to the quality of coronal restorations and root fillings. Int Endod J. 2002; 35(8): 680-9. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-2591.2002.00546.x. PMid:12196221

3. Machtou P. Apical seal versus coronal seal. Endod Prac. 2006; 2: 19-26.

4. Bordin MM, Coradini PC, Salles AA, Irala LED, Soares RG, Imongi O. Avaliação, in vitro, da microinfiltração coronária na interface amálgama de prata e três materiais restauradores provisórios de uso emendodontia. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 2007; 48(1/3): 82-7.

5. Ferraz EG, Carvalho CM, Cangussu MCT, Albergaria S, Pinheiro ALB, Marques AMC. Selamento de cimentos provisórios em endodontia. RGO. 2009; 57(3): 323-7.

6. Zaia AA, Nakagawa R, De Quadros I, Gomes BP, Ferraz CC, Teixeira FB, et al. An in vitro evaluation of four materials as barriers to coronal microleakage in root-filled teeth. Int Endod J. 2002; 35(9): 729-34. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-2591.2002.00529.x. PMid:12449022

7. Laustsen MH, Munksgaard EC, Reit C, Bjørndal L. A temporary filling material may cause cusp deflection, infractions and fractures in endodontically treated teeth. Int Endod J. 2005; 38(9): 653-7. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2591.2005.01003.x. PMid:16104979

8. Damman D, Grazziotin-Soares R, Farina AP, Cecchin D. Coronal microleakage of restorations with or without cervical barrier in root-filled teeth. Rev Odonto Cienc. 2012; 27(3): 208-12. http://dx.doi.org/10.1590/S1980-65232012000300006.

9. Jacobson HL, Xia T, Baumgartner JC, Marshall JG, Beeler WJ. Microbial leakage evaluation of the continuous wave of condensation. J Endod. 2002; 28(4): 269-71. http://dx.doi.org/10.1097/00004770-200204000-00002. PMid:12043860

10. Miletić I, Prpić-Mehicić G, Marsan T, Tambić-Andrasević A, Plesko S, Karlović Z, et al. Bacterial and fungal microleakage of AH26 and AH Plus root canal sealers. Int Endod J. 2002; 35(5): 428-32. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-2591.2002.00490.x. PMid:12059913

11. Gomes-Filho JE, Moreira JV, Watanabe S, Lodi CS, Cintra LT, Dezan Junior E, et al. Sealability of MTA and calcium hydroxidecontaining sealers. J Appl Oral Sci. 2012; 20(3): 347-51. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-77572012000300009. PMid:22858702

12. Gencoglu N, Pekiner FN, Gumru B, Helvacioglu D. Periapical status and quality of root fillings and coronal restorations in an adult Turkish subpopulation. Eur J Dent. 2010; 4(1): 17-22. PMid:20046475.

13. Ricucci D, Bergenholtz G. Bacterial status in root-filled teeth exposed to the oral environment by loss of restoration and fracture or caries—a histobacteriological study of treated cases. Int Endod J. 2003; 36(11): 787-802. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-2591.2003.00721.x. PMid:14641443

14. Shipper G, Teixeira FB, Arnold RR, Trope M. Periapical inflammation after coronal microbial inoculation of dog roots filled with guttapercha or resilon. J Endod. 2005; 31(2): 91-6. http://dx.doi.org/10.1097/01.don.0000140569.33867.bf. PMid:15671816

15. Oliveira EPM, Queiróz MLP, Melo TAF, Rosa GV, Rodrigues N. Análise comparativa da infiltração coronária em canais obturados com dois diferentes cimentos endodônticos. RFO UPF. 2011; 16(3): 282-6.

16. Salazar-Silva JR, Pereira RCS, Ramalho LMP. Importância do selamento provisório no sucesso do tratamento endodôntico. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2004; 4(2): 143-9.

17. Marques MCOA, Paiva TPF, Soares S, Aguiar CM. Avaliação da infiltração marginal em materiais restauradores temporários - um estudo in vitro. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2005; 5(1): 47-52.

18. Maranhão KM, Klautau EB, Lamarão SMS. Estudo in vitro da infiltração coronária em selamentos endodônticos provisórios. Rev Odontol UNESP. 2007; 36(1): 91-6.

19. Bitencourt PMR, Britto MLB, Nabeshima CK. Avaliação do selamento provisório de dois cimentos provisórios fotopolimerizáveis utilizados em endodontia. RSBO. 2010; 7(3): 269-74.

 

588019ce7f8c9d0a098b534d rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections