Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Corpo estranho em palato duro infantil diagnosticado erroneamente: relato de caso e revisão sistemática da literatura

Analú Barros de OLIVEIRA, Diego Girotto BUSSANELI, Juliana Rios de OLIVEIRA, Fernanda Lourenção BRIGHENTI, Andreia BUFALINO, Túlio Morandin FERRISSE

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Resumo

Introdução: A ingestão ou inalação de corpos estranhos (CE) são comuns em crianças, contudo a impactação de CE no palato duro é raramente descrita. A literatura atual apresenta relatos de casos isolados de CE com grandes falhas na avaliação diagnóstica e no manejo. De fato, CE podem se assemelhar clinicamente a patologias bucais mais graves, como neoplasias. Objetivo: Portanto, apresentamos um caso clínico seguido de uma revisão sistemática sobre impactação de CE em palato duro pediátrico. Conduta clínica: Paciente, 14 meses, sexo feminino, compareceu a clínica com queixa da mãe de alteração no palato do bebê com dificuldade na alimentação e hiper salivação. Anteriormente, a paciente foi avaliada por outro profissional, sendo prescrito antibiótico para a regressão da lesão. Entretanto, a lesão persistiu e a mãe procurou ajuda de outros profissionais, recebendo como hipóteses diagnósticas melanoma oral e carcinoma mucoepidermóide, sendo necessário realizar biópsia incisional em ambiente hospitalar. Antes da realização da biópsia, a mãe procurou atendimento na clínica infantil da FOAr. Uma inspeção cuidadosa no palato mostrou que a suposta “lesão” tinha consistência dura e era na verdade um CE aderido ao palato, sendo removido um plástico circular da região. Adicionalmente foi conduzido uma revisão sistemática de acordo com as diretrizes do PRISMA utilizando PubMed, Embase e SCOPUS como banco de dados. Os artigos incluídos foram revisados quanto ao diagnóstico presuntivo, tempo para remoção e complicações. 36 casos notificados foram incluídos. CE foram confundidos com outros diagnósticos em 28 casos. A duração média desde a primeira apresentação até a remoção foi de 56,9 dias, sendo que em 2 casos as crianças foram a óbito. Conclusão: Embora sejam raros, casos de CE na cavidade oral devem ser considerados no diagnóstico de lesões bucais em crianças, e que a dificuldade durante o exame físico e a possibilidade de deglutição ou aspiração do objeto pode colocar em risco a vida do paciente, o que torna importante o diagnóstico precoce.

Palavras-chave

Erros de diagnóstico; Corpo estranho; Palato duro.
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