Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/588017d57f8c9d0a098b4929
Revista de Odontologia da UNESP
Original Article

Efeito de técnicas de polimento na porosidade e na dureza de resinas acrílicas submetidas a termociclagem

Effect of polishing methods on the porosity and hardness of thermocycled acrylic resins

Goiato, M.C.; Naves, J.C.; Bressan, R.N.; Santos, D.M.; Fajardo, R.S.; Fernandes, A.U.R.

Downloads: 1
Views: 1154

Resumo

A proposta deste estudo foi analisar o efeito do polimento químico e/ou mecânico, antes e após termociclagem, sobre a porosidade e dureza de duas resinas acrílicas para base de dentadura. Para isso, foram obtidos 40 corpos-de-prova de dois diferentes tipos de resina, Onda Cryl e Vipi Cril. Após a obtenção dos corpos-de-prova, estes foram submetidos a dois diferentes métodos de polimento, químico e mecânico. A microdureza superficial foi mensurada em um microdurômetro (HMV-2000-SHIMADZU), e cada corpo-de-prova foi submetido a cinco penetrações. Após a primeira leitura de microdureza superficial, os corpos-de-prova foram submersos em água a 37°C ± 2°C e armazenados em estufa por um período de três meses. Após esse período, foi realizado o processo de termociclagem. Uma segunda leitura de microdureza superficial foi realizado. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey com nível de significância de 5%. A porosidade foi verificada por meio da imersão dos corpos-de-prova em tinta Nankin por 8 horas, sendo os poros posteriormente contados em área determinada. Foi observado que, após a termociclagem, a microdureza superficial de todos os corpos-de-prova submetidos ao polimento químico aumentou; entretanto, ocorreu redução dos valores de microdureza superficial nos polidos mecanicamente. Quanto à porosidade, os corpos-de-prova apresentaram valores similares independentemente do método de polimento utilizado.

Palavras-chave

Resina acrílica, dureza, porosidade, polimento químico

Abstract

The purpose of this study was to analize the effect of chemical and mechanical polishing before and after thermocycling on the porosity and hardness of two acrylic resins for the denture basis. Samples constructed with two different acrylic resin brands (Onda Cryl and Vipi Cril) were submitted to a chemical or mechanical polishing. A digital microhardness tester (Shimadzu HMV-2000) was used for hardness measurements. After the baseline penetration, the samples were stored in water at 37°C ± 2°C for three months. After that, the samples were thermocycled and submitted to a second hardness reading. The results were submitted to analysis of variance and to Turkey`s test at a p-value of 0.05. The porosity was analyzed by immerging the samples in nankin for 8 hours and counting the pores in a determined area. It was observed that, after thermocycling, the superficial microhardness of specimens submitted to chemical polishment increased. However, a reduction in superficial microhardness occured in speciments mechanically polished. The porosity of the specimens revealed similar values regardless the polishing method.

Keywords

Acrylic resins, hardness, porosity, chemical polishing

References



1. Woelfel JB. Processing complete dentures. Dent Clin North Am. 1977; 21: 329-38.

2. � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Goiato MC, Rahal JS, Gennari Filho H, Fajardo RS, Gonçalves WA. Avaliação da alteração dimensional e porosidades em resinas acrílicas entre métodos de polimerização convencional e por microondas. � ���� Rev. Fac. Odontol Porto Alegre. � � � 2000; 42 (2):37-40.

3. � � � � � � � � � � � Fajardo RS, Gennari Filho H, Goiato MC, Gonçalves WA, Marfinati SMAP. Estudo comparativo da resistência de adesão entre dente artificial e resina acrílica convencional, especial e para microondas com diferentes períodos de polimerização. RPG: Rev Pós Grad. 2004 ; 11:145-51.

4. � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Skinner E.W. Abrasão e polimento: dentifrícios. In: Phillips RW, editors. Materiais dentários de Skinner. 8ª ed. Rio de Janeiro: Interamericana; 1984. p. 423-36.

5. Ulosoy M, Ulosoy N, Aydin AK. ���������������������An evaluation of polishing techniques on surface roughness of acrylic resins. J Prosthet Dent. 1986; 56: 107-12.

6. Gotusso MJ. Sorption of heat-cured acrylic resins chemically polished. J Dent Res. 1969; 48: 1072-8

7. � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Araújo PA, Abreu D, Magalhães AGO. Propriedades das resinas acrílicas para bases de dentaduras, submetidas ao polimento químico. Estomatol Cult. 1972; 6:40-4.

8. Nowlin TP, Taubert T, Boesel BJ. �� � � Tensile strenght and porosity in two new microwave process acrylics [abstract]. J Dent Res. 1991; 70: 476.

9. � � � � � � � � � � � � � Tanji M. Estudo comparativo entre tipos de resina acrílica sobre as variáveis resistência ao impacto, dureza de superfície, rugosidade e porosidade [Dissertação de Mestrado]. Piracicaba: Faculdade de Odontologia da UNICAMP; 2003.

10. � � � � � � � � � � � Goiato MC, Farias CG, Santos DM, Fernandes AUR, Dekon SFC. Avaliação da alteração dimensional e porosidade em próteses oculares polimerizadas por energia de microondas. Cienc Odontol Bras. 2004; 7(3): 22-9.

11. � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Mesquita MF. Efeito do polimento químico sobre a dureza, rugosidade superficial e resistência ao impacto das resinas acrílicas ativadas química e termicamente em vários períodos de armazenagem [Tese de Doutorado]. Piracicaba: Faculdade de Odontologia da UNICAMP; 1995.

12. � � � � � � � � � � � � Samuel SMW, Selistre CR. Avaliação da influência do polimento químico na sorção, solubilidade e microdureza de uma resina acrílica de termopolimerização. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 2000; 41(1): 8-13.

13. � � � � � � � � � � Schwalm AN, Bastiani LC, Samuel SMW. Influência do polimento químico na dureza de dentes de acrílico. In: 11º Salão de Iniciação Científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 1999, Porto Alegre (RS). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Pró-Reitoria de Pesquisa; 1999. p.300.

14. Reitz PV, Sanders JI, Levin B. The curing of denture acrylic resins by microwave energy. Physical properties. Quintessence Int. 1985; 6: 547-51.

15. Sanders JL, Levin B, Retiz PV. Porosity in denture acrylic resins cured by microwave energy. Quintessence Int. 1987; 18: 453-6.

16. Sholsberg SR, Goodacre CJ, Munoz CA, Moore BK, Schnell RJ. Microwave energy polymerization of poly (methyl methacrylate) denture base resin. Int J Prosthodont. � � � 1989; 2: 453-8.

17. � � � � � � � � � � Borges LH. nfluência de ciclos de polimerização sobre o polimento, rugosidade, porosidade e dureza superficial da resina acrílica QC-20 [Dissertação de Mestrado]. Piracicaba: Faculdade de Odontologia da UNICAMP; 1998.

18. Faraj SAA, Ellis B. The effect of processing temperatures on the exotherm, porosity and properties of acrylic denture base. Br Dent J.1979; 147: 209-12.

19. � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Del Bel Cury AA, Rodriguez Júnior AL, Panzeri H. Resinas acrílicas dentais polimerizadas por energia de microondas, método convencional de banho de água e quimicamente ativada: propriedades físicas. Rev Odontol Univ São Paulo. 1994; 8: 243-9.

20. � � � � � � � � � � � � Sabt EM, Ramadan FA, Mohamed EA. The effect of curing eyeles and mold materials on porosity of acrylic resin. Egypt Dent J. 1975; 21(1): 75-88.

21. Craig RG. Prosthetic applications of polymers. In: Craig RG. Restorative dental materials. 11th ed. Saint Louis: C. V. Mosby; 1993. p.509-59.

22. De Clerck JP. Microwave polymerization of acrylic resins used in dental prostheses. J Prosthet Dent. 1987; 57: 650-8.

23. Troung VT, Thomasz FG. Comparison of denture acrylic resins cured by boiling water and microwave energy. Aust Dent J 1988; 33: 201-4.

24. Taubert TR, Nowlin TP. Controlling porosity in microwave processed acrylic. Trends Tech Contemp Dent Lab. 1992; 9: 45-8.
588017d57f8c9d0a098b4929 rou Articles
Links & Downloads

Rev. odontol. UNESP

Share this page
Page Sections